domingo, 9 de setembro de 2018
Em qual
pedaço do caminho,
deixamos cair nossa leveza?
Em que
gaveta esquecida,
guardamos aquele nosso
jeito lúdico, de ser pessoa?
Quem quebrou
a caixa de som estridente,
de onde vinham os acordes
das nossas risadas de bobagens?
Quem rasgou
o calendário flexível
que não marcava datas
da gente sair, para dançar?
Por que
acreditamos, que ser adulto
é virar essa pessoa chata e exigente?
Onde esquecemos
as letras completas, das músicas
que sempre cantávamos, quando tocavam?
Em qual areia movediça,
enterramos a nossa capacidade criativa?
Quanto, de vida,
nós já deixamos pra depois?
...
E por que
não entendemos, ainda,
que o depois é hoje?
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