terça-feira, 27 de maio de 2008

Te espero...

E mais uma vez, é como se um pedaço meu estivesse indo pra um caminho diferente, ficando longe de mim. E eu persisto ereta, fingindo estar imune - quase forte - e talvez até consiga mesmo enganar bem o mundo fingindo que o meu não desbotou mais um pouco com essa nova partida.

Pra longe como o vento leva as leves bolhas de sabão...



Da onde veio o barulho, eu não sei.
Mas as suas mãos se perderam no caminho das minhas
e ficamos cegos por alguns segundos - ou mais.
Não vou cantar canções tristes e nem desorientar sua partida.
Mas o meu coração vai repousar no adeus por um tempo e,
por um momento, se perder de vista de algumas pessoas - ou mais.
Quero que a vida seja leve como uma bolinha de espuma, daquelas que ninguém vê. As atenções todas voltadas para estourar a grande bola de sabão, e a bolinha de espuma, tão pequenina, anda bem mais, vôa tão mais alto, e ninguém a perturba.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Caixinha....

Dentro do meu peito existe uma caixinha trancada, cheia de coisas que ninguém nunca viu, que eu nunca disse, enfim, que ninguém sabe. E ela vai ficar lá pra sempre, sempre mais cheia de histórias que todo mundo só sabe pela metade, de sorrisos que eu sorri escondida no banheiro e de lágrimas que escorreram atrás dos óculos escuros e ninguém notou. A minha caixinha serve pra mim e pros outros, me protege do mundo e protege ele de mim. De todas as verdades, muito mais do que metades vão pra tal da caixinha. E não, não é questão de dizer muitas mentiras, é na realidade, mais o fato de guardar pra mim a maioria das minhas verdades.
" Pra que ficar com os pés no chão... se podemos estar nos braços de quem a gente ama..."

sexta-feira, 16 de maio de 2008



Tem razão, eu talvez seja mesmo muito mimada. Mas acontece que carinho não se pede, sabe? Porque é como se perdesse o sentido ao pedir.
Eu não quero nada que seja só seu, mas também não quero nada que não seja, porque aí não vai te pertencer. E você tem razão, eu já disse.
É bem mais importate pensar só no que é prático.
A vida seria mesmo muito menos dolorosa se eu realmente conseguisse. Mas sabe, aqui dentro de mim corre um rio de muitas coisas e elas se misturam e viram isso, exatamente desse jeito que eu peço e você nega.
É verdade, você nem sabe.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Enxaqueca


Apague a luz.
Aqui está quente, mas falta estar escuro.
Minha cabeça dói e eu não sei se é só de frio.
Feche as janelas.
Que meu corpo está agasalhado mas o vento pode levar as coisas que eu não sei.
E eu não sei de muitas coisas.
Os meus olhos pesam pra baixo, onde eu não te enxergo direito.
Eu preciso me deitar, eu preciso descansar.
Eu preciso de silêncio que hoje há de ser o melhor remédio.
Então feche a porta e, por favor, me olhe dormir.
À segunda vista.
Tanto faz as palavras que eu escolho com cuidado, pra montar a frase certa que o seu ouvido surdo deveria ouvir.
Eu montei uma história na minha cabeça e, como em todo conto, não era a minha que rolava pelo chão no final.
As coisas passam apenas por passar porque a emoção ficou perdida em algum lugar do nosso passado que jamais ousaremos descobrir onde fica.
Mas talvez seja esse o desafio e a gente precise então, aprender com outras coisas a emocionar-se de novo.

...e do chocolate restou a pimenta....


Seu horizonte acaba logo ali, no horizonte.
Eu não vou perder meu tempo com você.
Pra que te mostrar o que há aqui dentro, te contar meus medos e te cantar minha poesia, se você já me disse seguidas vezes que não acredita em sonhos?
Me diz se vale mesmo à pena eu me perder em alguém que só crê no sol enquanto está quente, e que só enxerga a lua numa noite estrelada.
Você pode ter tudo o que você quer, e eu sei.
Mas isso é só porque o seu universo é muito limitado.
E eu não ten
ho nada mesmo, mas é porque os meus sonhos vão muito além do que você jamais conseguiria.
E eu tinha razão: você não vale à pena.

Ultimo recado

Acho que eu digo tantas bobagens porque sei mesmo que no final de tudo a gente vai se perder. As minhas palavras são ásperas porque as minha emoções oscilam, mas é tudo só medo de te perder por algum motivo dessa vida e acabar tendo que me esconder nas minhas mentiras de novo pra, de novo, tentar encarar o sol sem ter você.
É por isso que eu sempre seguro sua mão com força, é por isso que meu abraço às vezes te sufoca e que meu coração grita tão alto que te envergonha.
A verdade é que eu tinha muitas teorias de liberdade e independência, mas é verdade também que eu, antes de tudo isso, nunca tinha entendido o que era mesmo o coração pulsando mais forte nessa vida.

Um beijo sabor chocolate amargo

terça-feira, 6 de maio de 2008



Não sou uma pessoa que desiste.
Não sei o que eh "desistir"
Eu quero.
Quero mesmo.
Quero agora.
Quero de qualquer jeito.
E sempre quero o mais difícil.
Não jogo a toalha.
Geralmente ela é arrancada das minhas mãos.
Mas eu ainda to segurando essa, ali na pontinha...
... mas to!
E beeeeeeem mais forte do que vc imagina! :)