sexta-feira, 19 de outubro de 2018
E me abraçasse e dissesse que tudo bem, (tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio). Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse “hey, você se expõe demais”, e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar, porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
domingo, 9 de setembro de 2018
Talvez voltar a escrever no meu blog seja bom. Aqui eu posso colocar tudo pra fora, exatamente como fazia antes... escrever o que eu não posso dizer.
Isso aqui era tipo um diário secreto, minha vida, minhas alegrias, minhas dores, meus amores, está tudo aqui.
Escrever sempre foi minha fuga, minha única maneira de esvaziar a alma de tudo aquilo que me sangra e me pesa.
Era uma vez uma história que nunca (me) aconteceu.
Era uma vez uma história que nunca (te) aconteceu.
Era uma vez o que nunca foi mesmo.
Era uma outra vez tantas histórias não acontecidas.
Eram tantas vezes, foram tantas histórias, que o não acontecido virou desejo para sempre.
Era uma vez o que foi para sempre.
E foi para sempre o que uma vez era infinito.
E foi uma vez que o para sempre virou saudade.
Do que nunca aconteceu, do que foi e não é mais, do que permanece sendo.
Era uma vez o que a saudade não dá conta de dizer...
Porque a saudade, por ser saudade, sempre será uma vez. Única.
Em qual
pedaço do caminho,
deixamos cair nossa leveza?
Em que
gaveta esquecida,
guardamos aquele nosso
jeito lúdico, de ser pessoa?
Quem quebrou
a caixa de som estridente,
de onde vinham os acordes
das nossas risadas de bobagens?
Quem rasgou
o calendário flexível
que não marcava datas
da gente sair, para dançar?
Por que
acreditamos, que ser adulto
é virar essa pessoa chata e exigente?
Onde esquecemos
as letras completas, das músicas
que sempre cantávamos, quando tocavam?
Em qual areia movediça,
enterramos a nossa capacidade criativa?
Quanto, de vida,
nós já deixamos pra depois?
...
E por que
não entendemos, ainda,
que o depois é hoje?
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