Aquela música cuja letra diz uma coisa
e o ritmo diz outra é a sua cara...
e o ritmo diz outra é a sua cara...
Aquela maldita música me lembra você.
Sou apenas um coração em frangalhos. Não tem mais cérebro, boca, mãos... Só coração – ou o que um dia eu pude chamar de.
Cometi um crime inafiançável e a pena é ficar preso em mim. O coração inflando, inchado e doente, tornando o espaço apertado e inabitável.
Não há para onde correr, não tem como fugir... Meus ossos são grades e minha pele, paredes onde rabisco a contagem dos dias.
Nem a esperança ficou por aqui. Não cabia. O coração a expulsou, veias e artérias crescendo.
Minha pena não tem fim. Muito menos meu querer.
(Flah Queiroz)
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