"Porque eu sabia que quando pusesse meu olhos em você iria ser assim. Porque eu sabia que sentiria o arrepio, a inquietação e a vontade. Porque quando você me olhou nos olhos, sorriu de cantinho e me tirou a roupa. Apenas com sua intenção.
E eu me senti idiota, sabe? E fiz comentário sobre o tempo, e errei o nome do teórico da tal da vertente da minha teoria, você fingiu foi que não viu, e eu me senti bemmmm idiota. E... tive de sair correndo. Então saí.
Porque eu tive vontade de te jogar na parede e te chamar de lagartixa... bem ali, no meio do restaurante mesmo. O que deve ser só uma coisa de hormônios, porque sou praticamente uma monja... rsrsrsr
Porque quando você me olhou nos olhos, sorriu de cantinho, me tirou a roupa. Apenas com sua intenção. E eu tive vontade de ficar, mas juro achei que você me acharia burra. Puta que pariu, achei que você me acharia burra. Então fugi.
Talvez eu só tenha ficado desconfortada o suficiente pra perder a perspectiva do interesse que tomava conta de mim depois de muito tempo. E eu me senti idiota, sabe? Porque eu tive vontade de te jogar na parede e te chamar de lagartixa... bem ali, no meio do restaurante mesmo.
Obrigada por me livrar dessa gaiola. Invisível. Obrigada por me mostrar que... ah, nesse universo existem outras possibilidades... (num dia inútil, quente e despropositado, eu não te conheci?) Obrigada por me lembrar da minha fome, e por comer com os olhos, e me devorar com a sua inteligência... mesmo sem me encostar a língua, o corpo, a mão. Assim."
(Elenita Rodrigues)
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