Quando olhamos uma pessoa, o nosso maior erro é achar que sabemos alguma coisa sobre ela. Ela pode ter uma aparência impecável, mas talvez a aparência seja a única coisa impecável nela. Não conhecemos ninguém somente por saber seu nome ou até mesmo sua banda preferida, passamos a conhecer as pessoas quando elas nos deixam olhar em seus próprios olhos.
Eu acho que não quero que ninguém me conheça, venho reparando há tempos que toda vez que sou apresentada a alguém, nunca deixo que ela olhe diretamente nos meus olhos. Medo? Angústia? Não sei.
Odeio quando tiram conclusões sobre mim, quando pensam que me conhecem. Ou metade das pessoas estão conformadas em simplesmente saber o básico sobre mim, ou eu nunca permiti que elas conhecessem mais que isso.
Não, eu não estava brava com você aquela noite, pelo contrario, eu te olhava quando você estava de costas, você obviamente não percebia até que você me olhou, mas eu não percebi. Eu fui jogada em seus braços, e sem sucesso alguém, eu tentei espaçar. Não vou negar que quero de novo mas nunca pratiquei tanto o desapego quanto agora.
Você já fez, uma vez, duas vezes, e porque não três?
Há sempre uma historia por trás de cada pessoa, há sempre um desejo escondido atrás de um sorriso, há sempre um mundo novo esperando você.
Eu venho aprendendo a cada dia que eu tenho a permissão de imaginar qualquer coisa de uma pessoa, mas até eu conseguir a permissão da mesma para encontrar seus olhos, eu vou guardar minha imaginação.
Eu olho para muitas pessoas, eu imagino centenas de coisas. Eu estou construindo a minha história. Eu estou construindo duas coisas, minha aparência e minha essência. Dentro e fora.
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