domingo, 26 de setembro de 2010

Impulso

Disquei o teu número quatro vezes e desliguei o telefone todas elas, até ter coragem o suficiente pra completar a chamada. 
Fui insistente, sim, fui insistente porque não quero mais engolir a impressão de que se eu tivesse dito algo, poderia ter sido diferente. Preciso te dizer o quanto repentinamente  tornou-se concreta a tua falta. O quanto eu gostei quando tu apareceu naquele telefone e me chamou, quando eu de fato não esperava, e do teu sorriso sem jeito ao perceber a minha surpresa. 
O quanto eu adoro a maneira como tu se jogou na cama, como se estivesse em casa, e como eu quero mesmo que vc se sinta assim. O quanto teu papo, teu cheiro, tua presença foram agradáveis, tanto quanto eu nem me lembrava mais de ter conhecido. 
A maneira como o meu riso foi sincero, da mesma forma que os arrepios bobos que senti com a tua maneira de sustentar o olhar, sem nenhuma intenção de disfarce... 
Te contar que te deixei no dia seguinte, com vontade de ficar, de ir embora com você, de invadir o teu espaço, te abraçar do tamanho do mundo só pra ter um bocado de lembranças a mais. 
Só precisava confessar que agora todos os dias de "chuva" eu olho para o telefone..

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