segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Eu te guardei.
Eu fechei todas as entradas do meu quarto, era escuro, e eu estava ali... Esperando que ninguém entrasse, esperando que eu pudesse ficar um tempo enorme sozinha, esperando me conhecer melhor, esperando que eu pudesse te esquecer. E acredite, eu tinha acordado decidida a te esquecer, apertar no delete mesmo, como se nada tivesse acontecido antes. Mas acontece que alguém batia desesperadamente na porta querendo entrar, era a tal da esperança e eu disse: Não. Como se adiantasse alguma coisa, insistente, teimosa, ela entrou. E junto te trouxe com ela, dessa vez com mais força ainda, como se precisasse lutar com tanta intensidade contra as minhas vontades. E agora? É incrível, parece que tudo tem que dar errado pra dar certo. Eu lembro que eu acordei ontem de manhã com uma sensação estranha, como se todos os quase 365 dias passados com sofrimento não tivessem acontecido, porque UM dia ao teu lado teria suplantado todos os outros que eu passei longe de ti, e parecia que eu tinha acordado de um sonho tão bom, que pra minha alegria, não tinha sido sonho. Eu ainda podia sentir o teu cheiro em minhas mãos, cada toque teu ficou em mim, cada displicência, cada medo e pretensão. Às vezes sinto teu beijo e tua pele fria, eu posso ouvir a tua voz e perdi a conta de quantos abraços eu ganhei... E eu pensei em te dizer tanta coisa, mas tanta coisa, que eu acabei não falando nada. E eu queria tanto que tu ficasse, ou que o tempo parasse, queria tanta coisa, mas o que eu mais queria é que soubesse que nunca valeu tanto esperar por alguém, como eu esperei por ti.
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