domingo, 15 de junho de 2008

Dando murros em ponta de faca...


Sim, eu sei que persistir em erros só me dá uma alternativa de consequência: me ferrar mais uma exausta vez. Acontece, que mesmo que eu não corra atrás dos erros, como costumava fazer antes, esses erros não somem simplesmente da minha vida como que num passe de mágica.Acordo cedo e o dia passa se arrastando preguiçosamente.
Por mais que eu não queira admitir, vou acabar pensando nele em algum momento da monotonia que a minha vida se tornou. Vida errante, vida fatigada de errar tanto. Engraçado como uma pessoa que, aparentemente não teria nada que me apeteceria em potencial, pode ter causado tanto estrago.
Ele é idiota, mimado, fútil, egoísta, egocêntrico, aculturado e monossilábico... e mesmo assim as monossílabas que ele grune ainda me fazem chorar.Mil casos paralelos acontecem, mas no final é nele que eu penso. Mil pessoas entrando em cena e simplesmente, não conseguido sair do papel de coadjuvante.
Ele é burro, preconceituoso, seco, frio e distante. Mas ainda assim é dos beijos dele que eu lembro quando estou carente. Mil coisas foram ditas, das mais sinceras às mais ofensivas. Ele pôs em questão minha índole, duvidou de mim e nem por isso consegui tirar ele da droga dos meus pensamentos.Estou quieta no meu canto: semblante pálido de quem já não tem forças para amar. Mãos atadas, pensamentos confusos, coração partido. Se ele só me fez sofrer, se não temos nada a ver um com o outro, se as atitudes dele me irritam, se meu mundo não é o dele, se ele não me considera despojada o suficiente, se eu acho a vida dele fácil demais, se ele acha que a minha é muito regrada...
Como posso não parar de pensar nele um segundo sequer?
Como esse sentimento que sinto por um alguém tão vazio, pode me encher tanto de sensações e perguntas?
Quem nunca amou um idiota que jogue logo um pedregulho. Pedregulho porque a dor vai ser muito grande e quem sabe eu esqueça do sangue em minhas mãos por estar a tanto tempo esmurrando a mesma faca enferrujada.

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