segunda-feira, 7 de abril de 2008

Precisei sumir...

Precisei sumir...
Sinto muito, mas foi tristemente necessário.
Espero que entenda, se parecer que eu fugi, que não foi isso, mas que houve uma necessidade absurdamente exata, tão certa e necessária como aqueles velhos ditados antigos e clichês, criados pelos antepassados de nossos antepassados, que apesar da mistificação que os rodeia, e do peso dos anos que o cercam, trazem em sua pronuncia uma verdade quase absoluta, que nos cega em suas contradições.
Sim, eu sei que parece que foi fuga,que tenho estado escondido em meus pensamentos, tentando me proteger dos fantasmas passados e dos novos monstros criados pela minha própria noção de temor, que tenho me mostrado assustada nas minhas poucas aparições públicas, e demonstrado um cansaço visível em meus olhos límpidos, mas juro que não estou sumindo propositalmente. Foi preciso, para poder adormecer um sentimento maior, que cansado de estar escondido, lutava contra minhas forças, querendo, mas temendo aparecer.
Sumi porque essa vontade latente de estar ao seu lado parecia sufocar-me, ganhava espaço, tentava confundir meus desejos, e esse são tão tolos e volúveis...
Ah se você soubesse, do como queria estar mais presente, mais próxima.
Se você soubesse como era de suma importância para mim me tornar mais importante para você, das noites ociosas perdidas a sonhar com o inalcançável que não viria, que nunca viria, mas que veio, veloz e abrupto como um relâmpago, atormentador como a tempestade, passageiro como todo sonho bom, que por mais que se mentalize, que se tente retornar, não volta.
Adormeci de cansaço e acordei convicta de minhas necessidades.
Não posso me privar de sonhar, por mais que os sonhos tenham se mostrados perigosos, não tenho como voltar atrás e refazer o que aconteceu, nem ao menos posso lamentar, porque houveram, sim, coisas lindas de lembrar, mas posso me proteger, tentar evitar de sofrer, sem criar muros ao meu redor.
Por isso resolvi sumir, para tentar adormecer aquilo que ainda doe, para me convencer que minha proteção é manter distância, que você é o meu mal, , meu veneno, meu castigo.
Quem sabe tenha sido memso uma fuga, mas não de você, e sim de mim.
Dos meus sentimentos, medos, neuroses.
Deixe-me aqui quieta, e não remexa no que passou.
Logo tudo passará...

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