sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Recebi isso por email hoje uma pessoa especial...

"Gosto de você, principalmente de um lado criança - menina marrenta, mimada e implicante que você mal sabe que tem!"


PS: Pior que eu sei que tenho mesmo! rsrs

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A vida eh como um MSN...


 Há pessoas que entram e outras que saem,há muitos  que estão online perante os fatos ocorridos e que ocorrem,enquanto outros estão offline por falta de diálogo,receio de se expor  ou até mesmo por viverem em seu próprio mundo’,há os ocupados com coisas de seus interesses que acabam não notando quem entra e quem sai.Há os que tornam tudo um extremo paradoxo que ficam ausentes .Mesmo online em que se encontram antenados com o que acontece mas não estão lá dispostos para os outros participarem um pouco de sua vida.Há pessoas que tentam chamar atenção para serem notadas e que acaba ásvezes irritando os que não demonstram tanto interesse.A vida pode ser comparada  com msn porque precisamos conhecer melhor um pouco do outro e saber que os dias são diferentes e que nem sempre o status é o mesmo (:


Inesperadamente.
Repentinamente.
Delicadamente.
Silenciosamente.


Foi assim que a morte deu vida a essa dor. Foi assim que a vida de minha mãe abreviou-se a despedida.
Hoje já fazem 2 meses. Uma eternidade abreviada de aprendizado sem você. De tempo que não mais uso para partilhar ao seu lado. De tempo que não tive a chance de te abraçar, te beijar, acariciar seus cabelos, de correr ao teu colo e se fazer menina para roubar-lhe um, dois, ou três beijos. Agora não te tenho mais aqui, ao meu lado.
E isso dói. Dói porque não aprendi a viver sem vc. Não aprendi a chorar sem seu consolo. Não aprendi a andar sem que você me indicasse a direção. Não aprendi a sorrir sem partilhar nosso riso juntas. E não sei ainda, mãe, como será tudo isso.
Não sei como vai ser sentir suas lembranças nos cantos e recantos. Mas vai ser dolorido.
Não sei como dar conta dessa vida que não é só minha, mas um tanto sua. Agora eu já não sei como chorar nem como sorrir. E não porque não tenhas me ensinado, mas porque a sua fortaleza me encorajava. Me edificava e me fazia melhor.
O meu melhor sem vc, se torna medíocre.
A minha força sem vc, agora é pequenina.
Meu olhar sem vc, agora é sem brilho, sem graça...
Porque minha mãe, rio de fortaleza, soube fluir bem na família e na comunidade. Soube alagar os passos pra driblar as dificuldades, soube renunciar para garantir nossa felicidade, soube ser humilde em todo sempre.
Sim. Minha mãe vc foi grande.
Você foi fiel nas grandes e nas pequenas coisas.
Foi esposa companheira.
Filha exemplar.
Amiga incondicional.
Ser humano especial.
Catolica renovada.
Soube ser mãe como quem não sabe ser outra coisa tão divinamente. Amou mais do que pôde, que extravasou quaisquer limites, se e que eles existem.
E é por isso. Que neste dia. Parece não haver palavras dignas para tanto.
Foi um tanto rápido. Surpreendente. E eu que nunca pensei em viver sem vc, continuo sem pensar. Porque, na verdade, não quero ficar longe de tvc mãe, acho que a vida ficaria mais dura do que ela é. É duro ter que aceitar, ter que despedir, ter que chorar e não te ver por aqui.
E esse aperto aqui dentro? Sem minha mãe pra acalmar?
E essa vontade de desistir, sem minha mãe pra me incetivar?
E esse lamento?
E essa loucura de querer chegar e te ver de longe na porta de casa, com um  sorriso e um abraço escancarado pra dizer que chegando em casa nada de ruim me atingiria. Que chegando em casa nos seus braços estaria segura. Que chegando em casa os sonhos eram possíveis, a dor tranqüila e a vida mais feliz...
E os meus sonhos? E meus planos? E meu dia a dia? Como será?
Não. Eu não queria sentir essa dor de jeito nenhum. Mas talvez, por estar acostumadoa como você, ela se torne mais doída ainda, porque não me acostumo a chorar sem ter você do meu lado para aparar minhas lágrimas.
Não tive tempo bastante para chorar o medo de sentir essa dor. E mesmo se tivesse tido, não seria suficiente. Mas se posso nesse momento recordar, resumidamente o tempo que viveu comigo, recordo da mãe que arrumava  a filha com vestidos ipara ir ao colégio. Da mãe que, ao lado do pai, sacrificou-se pra dar do bom e do melhor. Da mãe que nunca se ausentou. Que na pré-escola ou mesmo no ensino médio, adorava reuniões de pais e mestres, da mãe que adorava ir me ver dançar...
Da mãe que pegou em minhas mãos pra me levar pra escola, pra missa, pra academia, pra todo canto... da mãe que ao lado do pai, renunciou seus caprichos, se é que os tinha, pra não deixar que nada faltasse, pra dizer que estava ali, pra dizer que podia contar sempre.
Não. Eu não quero acreditar quando o poeta diz que o sempre, sempre acaba. Acreditar nisso agora é a coisa mais dura que eu poderia experimentar. E isso me dói.
Recordo ainda da mãe que, ao lado do pai, juntava trocados suados pra comprar uma roupa melhor pro Natal, pra festa de junho, pro material escolar, pro sorvete.
Lembro da mãe que, levantava varias vezes na noite, ate um dia desses pra ver o meu sono. Pra ver a quietude do sono de uma menina, que mesmo aos trinta e poucos anos, acordava chorando algumas vezes. Da mãe que não dormia antes que a sua filha chegasse em casa.
Lembro da mãe que sentava comigo pra jogar conversa fora. Da mãe amiga, que falava trabalho, de festas, de namoro, da mãe que na maioria das vezes, se tornava a melhor amiga de minhas amigas.
Lembro da mãe que não tinha outros sonhos, senão, os meus.
Lembro da mãe apaixonada. Do zelo interminável. Da paixão sempre viva. Do amor que dedicava ao casamento. Das renuncias. Das juras de amor... e dos beijos encabulados que eu via... mas achava tão bonito.
E agora, já não seria preciso dizer mais nada, a não ser do amor que tenho, e da fé, que embora fraca, me ajudará a entender tudo isso.
Lembro da mãe que, ao lado do pai, fez de todo um coração pra dizer que não havia dificuldade que não pudesse ser vencida. Da mãe que me incentivou a ser quem sou. A querer ser quem sou. E a gostar de ser quem sou.
E agora, eu só queria ter lido pra vc esse texto antes que eu tivesse  colocado aqui pra todo mundo. Como eu fazia com minhas matérias, minhas mensagens, minhas poesias... como eu fazia com essas coisas minhas, que também eram suas. Porque não sei se haverá nessa vida alguém que me incentive tanto como vc fez, alguém que cuide tanto de mim como vc fez, alguém que queira tanto o meu bem, como vc sempre quis. Não. Não haverá. Mas se não  me tornar um ser humano melhor a cada dia, renegarei tanto o ensinamento que ela me passou...
Faça-me sentir o seu amor ainda aqui comigo, para que seja menos doída a minha vida. e a do meu pai.  E pelo meu  pai quero que olhes, como sempre, quero que zeles como sempre, que esteja ao lado dele como sempre... e que o amor seja imortal... como nos ensinou sempre.
A gente chora agora. Talvez amanhã também... e depois... e depois... Mas queremos contar com sua lembrança sempre, para que não nos sintamos sozinhos.
Sim, esta doendo. E essa dor é tão grande que já não tenho palavras pra expressar. Obrigada por tudo mãe e por amar minhas qualidades e defeitos, e por nunca desistir de me fazer pessoa melhor.
Perdão mãe pelo silêncio que ainda restou. Pelo excesso que deixei escapar. Pelos erros que embora corrigidos por vc, cometi outras vezes. Pela imperfeição de meus atos., pela demora em reconhecer sua razão...
Obrigada por tudo. Muito obrigada. Os ensinamentos serão pra sempre...
É verdade que nunca parei pra imaginar como seria a vida sem vc. E noto que minha opinião, foi por todo sempre, tal como a do poeta, quando diz que a mães não deveriam morrer...
Pode ser que depois eu  entenda, mas agora o que eu mais queria era ter  vc de novo  ao meu lado. Sentar do seu lado. Pegar na sua mão. Te dar mil beijos, pentear seus cabelos. Rir com a senhora... chorar com a senhora... fazer tudo na certeza de que estaria na porta de casa, abrindo a porta, ou então na ponta da calçada vindo ao meu encontro...
Eu sei mãe. E vejo que a cada dia vai ser mais difícil sem ti.
E de onde a senhora estiver, antes que me aplauda como fazia para me incentivar, fico de pé, para aplaudi-la.
E fique com Deus minha mãe, que tua família, teus amigos, e todos aqueles que te admiravam ou ouviram falar de vc, ficarão aqui, rezando pela senhora. As lembranças estão vivas. E nunca vão morrer.

Te amo!!!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Querido Papai do Céu...


 Dezembro está se aproximando. Mais um ano está prestes a findar-se.
Lá se vai 2010 ...
Muitas meninas começaram a escreverem cartinhas a Papai Noel, pedindo inúmeras coisas bobas (ou importantes, quem sabe...)
Mas como eu não acredito mais em Papai Noel, desde meus nove aninhos...
Então resolvi escrever ao Senhor Papai do Céu.
Sabe? O Natal está chegando e como eu fui uma boa menina esse ano, eu quero  te pedir... 

... é que tem um cara lindo, tão inteligente e tão carinhoso que está me tirando o sono, mexendo com meu coração, perto dele sinto as mãos soando, o coração batendo descompassado, as pernas tremendo...
Então como eu fui uma boa menina, traz ele pra mim, traz?



Muitos se acham donos da verdade, dizem que fazem e acontecem, aparentam ser uma coisa que não são. Tem gente que adora inventar a vida, contar vantagem e semi-lorotas-brabas, florear a realidade e brincar de autor de novela. Tem coisa que é surreal. Tem coisa que é irreal. Tem coisa que foge completamente dos padrões normais. Agora você me pergunta: existe essa coisa de normalidade? Claro que não. Minha vida muitas vezes é uma novela mexicana, em outras tantas vira caso de política. Mas eu não minto, não enrolo, não me faço de louca e não tomo ácido.

Não sei fingir. Abraço minhas vontades, mesmo que a minha cara fique roxa de tanto apanhar. Cumpro minhas promessas, mesmo que me doa. Não brinco com os outros para me distrair, tampouco dou uma de boa samaritana para depois me esconder atrás da moita. Isso não. Por isso, digo e repito: Gosto de gente de verdade. Se você é assim, por favor, senta aqui e vamos tomar uma gelada.

.

_ Que você tem , Amor?

_ Nada, eu não tenho nada...
só tenho a partitura daquela velha canção
e uns trocados no bolso pra comprar cotidiano.
Vai querer casar comigo, mesmo assim?

_ O que você acha?


[eu não acho nada]

Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível
E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer
Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
O menino solitário que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por querê-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-la
Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final


(Legião Urbana)